17 de maio de 2009

17M, follas novas e follas vellas

Un ano máis asisto á liturxia do Día das Letras Galegas como unha copia da performance de anos anteriores, un déjàvu con moitas declaracións de boas intencións de persoeiros de face seria para ficaren debidamente retratados mas pouco fondo e nulo compromiso. Por exemplo, a capa do xornal La Voz de Galicia está redactada en galego nesta data pero como de costume o interior vai case exclusivamente en castelán.

Tamén enche o peito de envexa ver que mentres a cultura catalana tenta -cos seus acertos e os seus excesos- ter a súa presenza e, por que non dicilo, facerse ver como musculoso lobby nos mellores espazos da capital do Estado, pola outra banda a Casa de Galiza está nun recuncho da periferia madrileña. A visibilidade da cultura galega nesta megalópole, mesmo no día das nosas letras, é escasísima e non acada sequera uns segundos nos principais telexornais.

Dicía o profesor e reitengrata confeso Carvalho Calero que as culturas que se isolan, que non teñen intereses universais e que non venden alén fronteiras non teñen futuro. Neste mundo global, de bloggers e blogomillos, levo anos crendo que o mellor que podería acontecer para o galego e para os sufridos galegofalantes é facer parcería co portugués, ensinar conxuntamente ambas linguas e celebrar actos conxuntos nos milleiros de Institutos Camões que hai polo mundo, con viño albariño e empanada de xoubas se fai falta.

O grupo folk Flor-de-Lis, con Daniela Varela á frente, remataron no posto 16º.

Por exemplo, creo que coma min houbo moitos galegos que onte sentiron que a canción portuguesa no festival de Eurovisión titulada Todas as ruas do amor (precisa tradución para galego?) estaba mais próxima culturalmente ao noso corazón que os arabescos dance de Soraya. Isto non debería facer sentir politicamente incómodo a ninguén.
Séchu Sende catalogado como narrador portugués

Dado que o resto do mundo semella non ter moi clara a diferenza entre galego e portugués, non hai que complicar as cousas mais do estrictamente necesario. Así, cando fun procurar o libro Made in Galiza de Séchu Sende dúas de cada tres bibliotecas madrileñas catalogaran o volume como narrativa portuguesa. Vallecas reintegrata? Nada que obxectar.

Pode que nos vindeiros anos a mesma liturxia volte repetirse ou tamén pode que algún día celebremos o derradeiro funeral das letras galegas se non revitalizamos a lingua con algunhas vitaminas lusófonas.

9 de maio de 2009

Ideias para tempos difíceis

A não ser que aconteça um milagre a crise pode prolongar-se durante vários anos. Um facto realmente assustador é que os nossos gurus políticos, empresariais e sindicais aconselhem gastar, gastar e mais gastar. Talvez grande parte deles nunca tiveram que fazer gestão durante um período de recessão econômica e mesmo alguns cresceram sem saber nada sobre os tempos difíceis nem como lidar com eles. Assim "correcção", "aterragem suave", "rebalanceamento económico temporário" são eufemismos usados para não chamar às coisas pelo seu nome e não ver o que é óbvio. Para ajudar nesses tempos difíceis e continuando a série "Nin idea de economía" do colega Míguez vou dar um conjunto de dicas básicas que podem ser úteis:

EMPREGO

Se tem emprego, não espere uma melhora significativa nestes anos. Neste momento, segurança importa mais que salário. O desemprego pode atingir a todas as pessoas: seja mais eficaz e segure o seu emprego.
Se não tem emprego, faça auto-crítica sem voltar-se pessimista, deixe o idealismo para melhor oportunidade e seja 100% practico: ajuste a sua formação aos empregos oferecidos. Faça cursos e trabalhe grátis em ONGs e estágios. Fale abertamente da sua situação sem cair no drama nem na ansiedade à sua rede de colegas.

DÍVIDAS

A lição número um em momentos de crise é não ter dívidas. Se já está endividado, insista em renegociar. Use a restituição do imposto de renda, economize no supermercado para quitar a dívida, brigue por todo desconto. Se você não tem como se livrar da dívida imediatamente, procure alongar o prazo de pagamento. Outra alternativa é tomar um empréstimo pessoal, aproveitando a baixada de juros, mais barato, para quitar a dívida atual. Ficar pendurado no cheque especial, no crédito do cartão de crédito e nos empréstimos de financeiras são as piores opções.


DIA - A - DIA

Não fumar, comer de Tupperware e deixar o carro na casa poupa em média 300 euros ao mês por pessoa. O racionamento de energia, os gastos com telefone e celular, os enlatados que ficam esquecidos na despensa, a fruta que apodrece, o queijo que ninguém come, etc... Liste todos os gastos durante um mês para identificar o que pode ser cortado.


APRENDER

As bibliotecas públicas são grátis!. Leia mais sobre crises e peça conselhos àquelas pessoas maiores que passaram por outras crises em outros tempos. As minhas dicas são ler e aprender da Grande Depressão dos 30 nos EUA e da crise económica da Finlândia dos 90.


SAÚDE MENTAL

Não acredite que a crise económica mundial seja responsável por tudo na sua vida particular, pois para tudo há um limite. Não crie uma crise pessoal ou familiar que pode ser pior. É provado que a crise econômica aumenta a incidência de suicídio e enfermidades mentais. Se se sinte envolvido pelo desanimo encontre os meios e a ajuda para sair.

Eu, com crise ou com recessão, malgrados os conselhos dos políticos, continuarei poupando e aplicando o meu dinheirinho com jeito.